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Olá torcida colorada, bem-vinda a mais um Papo de Torcedor Inter, aqui no Jovens Cronistas, para repercutirmos o empate colorado, na noite de quinta-feira (31), contra o Athletico Paranaense, pelo placar de 1 a 1, pela 29ª rodada do Brasileirão. Em partida que foi praticamente secreta para o estado do Rio Grande do Sul, uma vez que não houve transmissão por televisão, da partida para o estado, devido as questões contratuais desse Brasileirão.

O time até saiu na frente no placar, mas cedeu o empate, ainda no primeiro tempo. No segundo tempo o Inter teve uma penalidade a seu favor, mas foi desperdiçada por Guerrero e assim o Inter perde a oportunidade de retornar a 5ª colocação, mas permanece no G6. 



O Inter foi a campo com Marcelo Lomba; Heitor, Rodrigo Moledo, Cuesta e Zeca; Rodrigo Lindoso, Edenílson, Guilherme Parede (Nico López), D’Alessandro, Patrick (Wellington Silva) e Guerrero. O técnico Zé Ricardo, que havia ido tão bem contra o Bahia, resolveu manter o esquema de jogo o 4-2-3-1, mas com a improvisação de Patrick e a volta de D'Alessandro ao time, nas vagas de Wellington Silva e Neilton. Assim o time perdeu todo o ímpeto da partida passada e voltou ao velho modelo, lento e facilmente marcado pelo Athletico.


Foto: Eduardo Deconto / Globoesporte.com

Aos 10 minutos, Guerrero avançou pelo meio e tocou em profundidade para Rodrigo Lindoso, que na saída de Santos tocou por cobertura, marcando belo gol e colocando o Inter em vantagem. Mas claro a comemoração teve que aguardar 4 minutos, devido ao VAR, mas o gol foi confirmado. O Inter assim largava em vantagem e dava a impressão de encaminhar os 3 pontos.

Rony (C) empatou para o Athletico-PR, aos 22 minutos do primeiro tempo
Foto: Isadora Neumann / Agência RBS

Aos 21 minutos, Madson fez boa jogada pela direita, driblou Zeca e cruzou para Rony que finalizou empatando a partida. Aos 28, Rony avançou pelo meio e lançou Nikão, que saiu na cara do gol, chutou na saída de Marcelo Lomba, mas só não marcou o gol, porque chutou fraco e Rodrigo Moledo evitou o gol. Aos 31, D'Alessandro lançou na área, em cobrança de falta e Guerrero finalizou após giro, chutando para fora. Aos 42, Madson fez cruzamento da direita e Nikão chutou para defesa de Marcelo Lomba. 

Foto: Athletico.com.br

No segundo tempo, logo no primeiro minuto, Rodrigo Lindoso chutou da intermediária, a bola sobrou para Guerrero, que driblou Santos e chutou para fora. Aos 19, Edenílson puxou contra-ataque e tocou no meio para D'Alessandro que da entrada da área, tentou finalizar por cobertura e a bola bateu no travessão. Aos 32, Guerrero fez cruzamento rasteiro da esquerda e Nico López chutou em gol e Márcio Azevedo colocou o braço dentro da área, para evitar a finalização e foi marcado o pênalti, pelo VAR, após 3 minutos. Guerrero foi para a cobrança, chutou no canto esquerdo e Santos defendeu. Uma lástima Guerrero desperdiçar a penalidade, quem sabe era oportunidade para D'Alessandro.

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Foto: Eduardo Deconto / Globoesporte.com

No lance seguinte, após escanteio da esquerda, Guerrero cabeceou, a bola desviou em Madson e sobrou para Nico López, que chutou forte, a bola bateu na trave e foi para Guerrero que chutou marcando o gol colorado, que seria a redenção do centroavante, mas o VAR foi chamado e deu impedimento de Nico Lopez na jogada. Aos 45, Nico recebeu a bola na esquerda, invadiu a área, tentou finalizar por cobertura, mas Santos defendeu.

Foto: Ricardo Duarte / Internacional

Zé Ricardo, que havia achado um bom modelo de jogo para o time, no 4-2-3-1, até manteve o esquema, mas mudou as peças, mantendo apenas Guilherme Parede, da linha de três ofensiva, retornou com D'Alessandro na vaga de Neilton e de Patrick, no lugar de Wellington Silva, tirando toda a velocidade do time, e deixando novamente isolado, assim como faziam os treinadores anteriores, Odair Hellmann e Ricardo Colbachini.

Foto: Radio Grenal

A grande pergunta que fica é quem escala o Inter, seus treinadores ou a direção, pois ontem tivemos o retorno de Roberto Melo, após a suspensão e o time voltou a utilizar-se do modelo de jogo já ultrapassado e que não deu resultado, isolando seu camisa 9. Não pode um time do porte do Inter, improvisar um volante, como extrema pela esquerda, e a justificativa, foi para conter os avanços do lateral do Athletico, assim o time que jogou ofensivo fora de casa, voltou a jogar com medo e de forma defensiva dentro do Beira-Rio e assim chega a mais um jogo sem vencer em casa.

Tudo é Grenal agora, mas confesso que estou bem pessimista para o clássico, pois não me lembro de um enfrentamento em que nosso rival é amplo favorito, pois voltamos a jogar de forma acovardada e no domingo já sei que no mínimo o Inter vai com 3 volantes a campo, se não tivermos mais a serem escalado pela direção, que tem uma doença pelo excesso de volantes e pelo futebol covarde e defensivo. Domingo se não formos goleados, já será um grande resultado.

Com o empate o Inter chegou aos 46 pontos e caiu para a 6ª colocação. No próximo domingo (3), o Inter tem o clássico Grenal 422, na Arena OAS. Grêmio que justamente foi o time que nos ultrapassou na rodada e entre como franco favorito no clássico, ainda mais que toda a postura ofensiva do jogo contra o Bahia, se desfez na rodada seguinte, assim voltou o futebol burocrático e sem ambição do Inter, que já não nos levou a lugar algum nas grandes competições.




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Foto: Ag. Estado

Amigos e Nação Corinthiana! Mais uma vez estamos juntos, hoje infelizmente para falar de mais uma derrota e do que já vínhamos colocando aqui nos textos anteriores que era inevitável. O fim do trabalho de Fábio Carille, de uma forma muito triste, para todos os envolvidos, todos, mas certamente foi o único caminho, no que diz respeito ao comando técnico do time. 


No jogo contra o avassalador Mengo, um 4 x 1 que apesar de ter tido sim a influência da arbitragem, na marcação de um pênalti no mínimo discutível para o adversário, visto que Cássio toca a bola antes de inevitavelmente se chocar com adversário. Como também da não revisão do lance onde a bola resvala dentro da área no braço aberto de Everton Ribeiro,  o que na atual regra é pênalti. Apesar de tudo isso, se pegarmos desempenho em campo, evidentemente foi justa a vitória elástica do adversário, que jogou dentro do campo de defesa de um Corinthians sem conseguir trocar quatro passes, quase que durante toda a partida. 

Depois dos cinco/dez minutos iniciais de pressão do Fla, o Corinthians até conseguiu construir três boas oportunidades. Mas foi só, o time iria se segurar até o intervalo pra quem sabe tentar algo, mas, como já dito, veio o pênalti. No começo do jogo a zaga já tinha falhado e o time da casa não feito o gol por quase que displicência, mas em outra falha da defesa Bruno Henrique fez o segundo dos três gols que faria, o seguinte em mais uma falha da defesa, dessa vez do lado de Fagner. Ali acabara, ainda que se o penal tivesse sido dado, o jogo poderia ficar em 3 x 2, surreal aquela altura. O Corinthians conseguiu jogar com muita dificuldade ainda, por 10 minutos, era claro que não tinha mais jeito. 


É evidente que Carille se atrapalhou demais nesses meses que antecederam este ato final no clube, sucessão de declarações infelizes, como a mais infeliz (ainda que tenha algum sentido) de todas, após a derrota ante o CSA no meio de semana, de que parecia que os jogadores não entendiam as orientações e jogassem como se não tivessem treinado. O time correu ante o Mengo, mas como elevar o nível de um time já combalido e sem confiança diante de tal cenário. Nos pés de uns a bola queimou, outros, como Urso, largaram sua função defensiva e jogaram como fosse uma pelada, se dispondo até bem ofensivamente, mas não volatando pra marcar. Quase deu, mas quando os primeiros gols do adversário saíram, estava acabado de vez, o que na verdade já estava há tempos. 

Sim, Carille se perdeu e é passado. Teve um aproveitamento positivíssimo somadas as suas duas passagens pelo clube, quatro títulos. Mas terminou de forma muito feia e, ao menos até que a poeira abaixe, sem moral com grande parte da torcida. Uma pena, mas os erros e os excessos cobram e infelizmente a conta veio para Carille. 

Com Carille caíram seus auxiliares Fabinho e Leandro Cuca, o preparador físico (algo em que o time estava muito mal) Walmir Cruz e o analista de desempenho (que desempenho?) Dennis Luup. Se somam a estes nomes o de Sheik, que não resistiu ás pressões e pediu demissão. Aliás, com todo respeito, quando o trabalho de Sheik começou de fato? 


Não era de se esperar mudanças no time, apesar da coletiva raivosa do responsável mor pelo momento vivido pelo clube dentro e fora de campo, Andrés Sánchez. Nem que se quisesse promover mudanças imediatas no elenco, faltariam peças de reposição e seria uma medida drástica e difícil sob os aspectos técnico e sobretudo financeiro. Caberá a Coelho (vejam só) ser o técnico interino para tentar encerrar a temporada de forma honrosa. Enquanto se especula o nome de Tiago Nunes, que muito provavelmente viria somente para a próxima temporada e já sem força, corre por fora o nome de Sylvinho, que eu creio que ainda precisa de mais rodagem antes de tal chance. 


Que Carille saiba reconhecer os erros que cometeu e se reencontrar. Mas principalmente, que estes jogadores, ainda que com sérias limitações, possam recuperar ao menos um pouco da confiança e brio e terminar a temporada de forma honrosa, sem maiores manchas na história do clube dentro de campo. Afinal, todos passam, mas o Corinthians é eterno. 



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Em domingo de primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, os cronistas Adriano Garcia e Claudio Porto recebem no Clube da Esquerda o professor de Políticas Públicas da Faculdade de Tecnologia de São Paulo Rony Hergert, que conversa sobre a inaptidão do (des)governo Bolsonaro com o assunto. Trata-se de uma verdade incontestável que o grupo bolsonarista, com pouco mais de dez meses no Poder, não tem a remota ideia do que é Política Pública e sua importância para o sucesso de um governo. Tanto é que o ministério da Educação em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INPE definiram como tema para a redação do ENEM deste ano “A democratização do acesso ao cinema no Brasil”, ao mesmo tempo em que o próprio (des)governo tem demonstrado interesse em desestimular toda a estrutura – um tanto deficitária – responsável pela produção de conteúdo audiovisual no País. As recentes investidas na ANCINE estão aí postas. Lembrado que em nenhum momento, neste (des)governo, se discutiu iniciativas para promover democratização de acesso seja lá ao que quer que seja. Aliás, eles não são lá tão simpáticos à “democratização”. Que eles não fazem ideia do que é e como implementar Políticas Públicas, bom, isto resta provado. Agora, esta edição, busca encontrar caminhos que permitam a sociedade civil influenciá-los da necessidade de começar a trabalhar por projetos que atendam as demandas vivas do dia a dia dos brasileiros(as).



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Bastou Williams Kaliman, comandante em chefe das Forças Armadas da Bolívia, “sugerir” a renúncia do presidente Evo Morales para que se estabelecesse o golpe de Estado da vez. Por que da vez? Porque a Bolívia foi palco de nada menos que 193 golpes no período de 1825 e 1982.
  Evo e seu vice, Álvaro García Linera, renunciaram seus mandatos já na região de Lauca Ñ, no trópico de Cochabamba, onde devem ficar asilados.

Na manhã do domingo 10/11, Evo foi notificado pela Organização dos Estados Americanos – OEA de que om órgão não foi conseguiu validar os resultados da eleição presidencial de 20/10. Em razão da informação, o presidente convocou nova votação para definir quem irá comandar o país no quinquênio 2020/2025.


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Olá fãs de velocidade! Retornamos nesse domingo com o relato de uma corrida sempre muito especial para nós brasileiros, mas que hoje foi simplesmente histórica! O Grande Prêmio do Brasil dessa temporada, realizado como de costume em Interlagos, reservou um final de prova simplesmente espetacular, com treta entre companheiros de equipe, Hamilton batendo e a zebra/redenção de Gasly, que alcançou um pódio completamente inimaginável para a STR! Verstappen saiu como vencedor da prova, mas certamente (quase) todo mundo teve algum motivo pra comemorar. Gasly fechou em segundo e Sainz, mais de uma hora após a bandeirada, herdou o terceiro lugar devido a punição de Hamilton. Acompanhe agora o relato sobre a corrida:

Foto: Motorsport.com


Partindo da pole position, era justo colocar Max Verstappen como favorito para a corrida deste domingo. Líder em todas as partes do treino de sábado, Max parecia ter encontrado o balanço ideal de sua Red Bull Honda, o que aliado a um retrospecto muito positivo no circuito o colocava no centro das atenções. Porém, o caminho não seria fácil, especialmente no quesito ritmo de corrida. Lewis Hamilton e sua Mercedes foram praticamente imparáveis aos domingos nessa temporada, e com certeza o inglês aparecia como ameaça. Sebastian Vettel, que largava na segunda posição, também poderia incomodar com o seu forte motor Ferrari.

Na hora da largada, foi Hamilton quem mais se destacou. O inglês tracionou o carro perfeitamente, pulando a frente de Vettel já na primeira perna do S do Senna. Verstappen seguiu à frente, com certa margem na liderança. Mais atrás, Leclerc (que partira do 14o lugar devido à uma punição por troca de componentes no motor) conseguiu sobreviver ao tumulto do meio do pelotão, completando a primeira volta já no 11o lugar.

Enquanto Leclerc construiu seu caminho até a sexta posição, Verstappen e Hamilton se destoaram de Vettel na liderança da prova. Com um ritmo de prova fortíssimo, os dois pilotos despontaram como os únicos postulantes à vitória, e as estratégias seriam parte determinante para definir o vencedor. Hamilton, na segunda posição, decidiu parar antes do holandês, trocando para um novo jogo de pneus macios e indicando uma estratégia de duas paradas. Atenta, a Red Bull imediatamente chamou Max na volta seguinte, impedindo que Lewis se valesse da vantagem na volta de saída para tomar a posição. Porém, a equipe não contava com a presença de Robert Kubica, que bloqueou Verstappen ao sair dos boxes, quase causando um acidente. O holandês evitou a batida, mas nada pode fazer em relação à Hamilton, que com uma boa volta ganhou a posição de Max.

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Ciente de que as primeiras voltas são as melhores do pneu, Verstappen voltou à pista acelerando tudo que podia, tentando diminuir a diferença em relação a Hamilton. O holandês foi perfeito em sua out lap, e ainda contou com Leclerc dificultando o caminho para Hamilton no miolo do circuito. Verstappen colou em Hamilton na subida do café, e colocou por dentro na curva 1, retomando a virtual liderança da corrida. Manobra perfeita, freando dentro da curva e encontrando aderência mesmo fora do traçado ideal!

Enquanto os dois protagonistas duelavam, a Ferrari #5 de Sebastian Vettel tentava um plano B para se sobressair em meio ao melhor rendimento dos adversários. Um stint mais longo, tentando fazer apenas uma parada era a alternativa da equipe italiana, e Vettel vinha fazendo um bom trabalho, virando tempos parecidos com os dos rivais, mesmo calçando um composto mais usado. Mas o trabalho duro para o alemão viria mesmo no seu segundo stint, quando teria de segurar a pressão dos oponentes com um jogo de pneus muito mais usado. Pelo menos, era essa a teoria...

Na prática, a dupla de líderes estava mesmo imbatível! Já entrando na segunda metade da corrida, Hamilton fez sua segunda parada, trocando para os pneus médios, seguido imediatamente por Verstappen. Rapidamente, o holandês pulverizou a diferença de seis segundos em favor do alemão, descontando mais de 2 segundos por volta, e provando que a estratégia de duas paradas era mesmo a melhor escolha.

Antes que a loucura aterrissasse de vez em Interlagos, hora de valorizar um pouco as disputas do meio do pelotão, em especial a corrida de Pierre Gasly. Já nessa altura, o francês se destacava com um bom sétimo lugar e um ritmo de prova excelente, que aparecia desde o treino de classificação no sábado. Levando a Toro Rosso a posição de melhor do resto, Gasly fazia uma corrida muito forte, e nenhum dos resultados a seguir foi fruto apenas de mera sorte.

Pois bem, chegamos na volta 50, e foi aí que os acontecimentos tomaram rumos caóticos. Começando de uma maneira muito sutil, com o abandono de Valtteri Bottas. Problemas no motor da Mercedes #77, e é justo dizer que não foi apagão nos propulsores alemães: as equipes clientes sofreram com várias quebras nessa segunda metade de temporada... Interessante a montadora ficar de olho aberto, já que no ano que vem a disputa pode ser bem mais apertada, e essas falhas não serão toleradas.

Foto: Motorsport.com
O abandono de Bottas causou um estranhíssimo safety-car, e explico o por quê. Na posição em que o carro se encontrava, era perfeitamente possível a utilização do VSC, que reduz a velocidade dos carros sem encurtar a distância. E nas condições de hoje, com pista seca, até mesmo a intervenção do trator apenas com bandeira amarela no setor já era possível, visto que o carro estava no interior da curva, longe do traçado e até mesmo fora da pista! Decisão questionável dos comissários, mas que acabou proporcionando um final de prova espetacular!

Com a entrada do carro de segurança, a Red Bull notou que a vantagem para Vettel era grande o suficiente para conservar a segunda posição, e chamou Verstappen para trocar os pneus médios para macios. A Mercedes, percebendo que ultrapassar Max em pista era muito difícil, optou por deixar Hamilton fora, com os mesmos jogos de pneus médios, porém invertendo os papéis com Max. Agora, Lewis era líder do GP, mas teria que se defender da Red Bull #33.

De fora, a missão era difícil, mas não impossível. Mas dentro da pista, Verstappen se mostrou, mais uma vez, perfeito. Já na relargada, freada para o S do Senna, colocou por fora, dividiu a curva 1 e saiu por dento da curva 2. Não travou os pneus, não passou por fora da pista, não tocou em Hamilton. Fez parecer fácil uma ultrapassagem no limite extremo. Logo depois, construiu rapidamente uma sólida vantagem frente ao inglês, mostrando que aquela era sua corrida, e ninguém poderia roubá-la.

Mais atrás, a briga seguia, e das mais fortes. Quase que simultaneamente à manobra de Verstappen, Alexander Albon fez a mesma manobra sobre Sebastian Vettel, pulando para o terceiro lugar, que lhe dava o primeiro pódio de sua carreira! Manobra igualmente linda do piloto tailandês, que chegou a encostar em Hamilton, mas precisou também se defender das investidas de Vettel. O alemão, também já de pneus macios, via seu companheiro Charles Leclerc em seu retrovisor. Depois de largaar em 14o, Leclerc se via com reais chances até de pódio, e impulsionado pelas boas manobras que fizera mais cedo sobre os carros do pelotão intermediário, não hesitou em partir pra cima de Vettel.

Leclerc colocou por dentro na curva 1 e contornou o S do Senna à frente de Vettel. Sebastian porém tracionou bem na Curva do Sol e saiu colado na Reta Oposta. Leclerc deu o lado de fora, e Vettel decidiu colocar de lado. Foi então que Seb espalhou um pouco além do traçado natural, o suficiente para um toque na roda dianteira de Leclerc, que significou a tragédia absoluta na Scuderia. Furo nos pneus dos dois carros, que acabou trazendo danos irreversíveis para ambos e um duplo abandono que pode ter grandes consequências.

Foto: Motorsport.com
O resultado catastrófico desse lance acaba significando muito mais do que a briga dos pilotos propriamente dita. Se analisarmos com atenção os replays, nota-se que é Vettel quem altera um pouco seu traçado, porém de maneira muito sutil! Até mesmo o toque, que originou o furo nos pneus, é quase imperceptível se compararmos com outros incidentes que acontecem durante a corrida.
Se falarmos apenas em termos de culpa, é justo dizer que a maior porcentagem fica mesmo com o piloto alemão. Seb calculou de forma errada a distância para Leclerc e achou que já tinha preferência na tomada, quando na verdade ambos estavam lado a lado. Porém, o movimento de Vettel para a direita e o toque entre as rodas são tão sutis que as consequências trágicas do acidente parecem mesmo uma grande dose de azar por parte da equipe italiana. Quantos toques roda com roda já não vimos nesse esporte, não é mesmo? E em muitos deles, não há maiores danos para nenhum dos pilotos... Não fosse pelo fato de ambos estarem a quase 300 km/h durante o ocorrido, talvez a disputa não passasse de mais uma dessas brigas, quentes mas que acabam dentro da pista.
Dessa forma, acredito que não é momento para crucificar Sebastian Vettel. Apesar de ostentar maior porcentagem de culpa, o erro não foi proposital ou absurdamente grave. Resta agora à Mattia Binotto e companhia lidar com a enorme pressão dos Tifosi espalhados pelo mundo e não deixar que a relação entre os dois pilotos vá por água a baixo, afinal a dupla já está confirmada para 2020, e um conflito interno certamente mina qualquer chance dos italianos brigarem pelo título no ano que vem.
Um bom exemplo de pilotos que tiveram duras lutas dentro da pista mas não se tornaram ferrenhos inimigos é entre Daniel Ricciardo e Max Verstappen. Mesmo com alguns desentendimentos, a dupla manteve respeito mútuo entre si até a última corrida juntos, em Abu Dhabi no ano passado. Da mesma forma, Vettel e Leclerc podem conseguir passar por cima do desentendimento de hoje e seguirem sua caminhada pela Ferrari, certamente não como melhores amigos, mas como bons profissionais, cientes do seu papel na equipe. Ou então, podem se desentender ainda mais caso não haja um líder que consiga administrar os conflitos internos e recolocar cada peça em seu devido lugar. Resta saber se a Ferrari finalmente acerta na gestão interna e consegue passar por cima desse empecilho. Conhecendo o modo Ferrari de fazer as coisas, isso parece um pouco distante...

O duplo abandono Ferrarista gerou outro Safety-Car, e Hamilton agora sim aproveitou para parar nos boxes, colocando novos pneus macios. Dessa forma, Albon subiu para a segunda posição, enquanto um surpreendente Pierre Gasly levava a Toro Rosso ao terceiro lugar! Um pódio dos sonhos para a empresa de energéticos, que pela primeira vez estava a duas voltas de ver seus três carros emplacando um pódio no mesmo GP! Mas duas voltas nesse GP de Interlagos era tempo demais...

Já na relargada, Hamilton forçou e ultrapassou Pierre Gasly, que nem se preocupou em defender a posição, se contentando com o até então quarto lugar. Na liderança, Verstappen aproveitou para se distanciar da confusão, e enquanto isso, Hamilton partiu para o ataque também em cima de Albon, então segundo colocado. O tailandês sabia que Lewis tinha pneus novos, e por isso optou por um traçado mais conservador, alargando a tomada das curvas porém tracionando melhor na saída delas. Na tomada do Bico de Pato, Alex adotou exatamente essa estratégia, deixando muito espaço no lado de dentro. Instintivo, Lewis viu o gap e se jogou, mas sem espaço para completar a manobra, acabou tocando na traseira de Albon, rodando o carro da Red Bull e danificando sua asa dianteira. Dessa forma, Gasly ultrapassou ambos, subindo para a segunda posição, com Hamilton mantendo o terceiro lugar. Albon voltou no fim do pelotão. Ao final da prova, Lewis foi punido com um acréscimo de 5 segundos ao seu tempo total de prova.

Foto: Motorsport.com
Nessa manobra, é importante ressaltar o critério que a direção de prova vem usando para punir os pilotos em determinados incidentes: independentemente da intenção, é analisado o resultado do lance. Essa situação causa um número exagerado de punições em muitos grandes prêmios, e seria interessante que fosse revisada. A punição deveria ocorrer apenas em casos extremos, para garantir que a justiça prevalecesse no resultado final. Se nós temos dois pilotos buscando o limite, naturalmente um deles deve se dar mal. E levando isso em consideração, por que seria necessário punir o outro?
Levando em conta os critérios usados pela FIA, a punição à Hamilton é compreensível. Lewis causou o pião de Albon, comprometendo inteiramente a corrida do tailandês. Agora analisando calmamente o replay, nota-se que Albon abre demasiadamente a tangência no Bico de Pato, permitindo que Lewis coloque seu carro lado a lado com a Red Bull. Então, Albon sai da curva tracionando forte e fechando a tangência, ignorando a presença de Hamilton que por ali havia se metido. Em minha interpretação particular, não há motivo para punição. Porém, ao menos a FIA manteve o critério de outras decisões ao longo do campeonato, e mesmo que questionável, isso precisa ser ressaltado.

E mesmo depois de tudo isso, a corrida ainda tinha emoção pra dar! Já na última volta, enquanto Verstappen cruzava a linha de chegada, Hamilton emparelhava com Gasly na última curva, fazendo todo o setor 3 praticamente lado a lado com a STR do francês, que numa demonstração de força tremenda do motor Honda, venceu a "drag race" contra o propulsor Mercedes! Um final fantástico, digno de filme, para embelezar ainda mais a tarde de domingo no Autódromo José Carlos Pace.

No fim, vitória inquestionável de Verstappen. Mais rápido no sábado e imparável no domingo, ultrapassando Hamilton por duas vezes para assumir a liderança, e quando líder, colocando sólida vantagem sobre os demais, evitando qualquer surpresa. Nada a questionar sobre sua pilotagem.
E se a vitória de Ma foi uma espécie de redenção pelo entrevero com Ocon no GP Brasil de 2018, o que falar do segundo lugar heroico de Pierre Gasly?? Depois de uma primeira metade de campeonato muito abaixo do esperado, sofrendo até com o desrespeito de outros pilotos e um rebaixamento traumático para a Toro Rosso, o francês deu a volta por cima, conquistou um par de bons resultados nas últimas corridas e é coroado com um segundo lugar por questão de centésimos de segundo numa briga contra Lewis Hamilton. A carreira de Gasly ainda será muito longa, mas seja lá o que o futuro lhe reserva, Pierre já pode dizer que é um vencedor. Poucos pilotos teriam resiliência o suficiente para dar a volta por cima em tão poucas corridas como fez o jovem francês, que é sim um bom piloto, apenas não é consistente e teve problemas para domar a poderosa Red Bull. De alma lavada, Gasly pode descansar um pouco, e se concentrar em fazer um bom 2020 para resolver sua vida na próxima década.

E o terceiro lugar também vem cheio de significado! Herdando a posição de Lewis Hamilton, Carlos Sainz levou o primeiro troféu de sua carreira pra casa, e coroou um ano de muitos altos com a P3 em Interlagos.O espanhol também deu à McLaren seu primeiro pódio desde a Austrália - 2014, o que apenas comprova aquilo que foi demonstrado durante todo o ano: a equipe laranja parece ter finalmente encontrado seu rumo. Com uma dupla talentosa e um carro promissor, os resultados nessa temporada foram muito excelentes, e a equipe promete dar trabalho com o novo regulamento em 2021.

Com os resultados alternativos, pouca coisa mudou no campeonato de pilotos. Hamilton, já campeão, subiu aos 387 pontos, enquanto Botta ficou estacionado nos 314. Max Verstappen é agora o terceiro com 260, contra 249 de Leclerc e 230 de Vettel. Pierre Gasly retomou o sexto lugar, subindo aos 95 pontos, exatamente a mesma pontuação de Carlos Sainz! Alex Albon vem logo na sequência com 84 pontos ganhos.

Nos construtores, a Mercedes domina com 701 pontos contra 479 da Ferrari e 391 da Red Bull. A McLaren se garantiu no quarto lugar com 140 pontos ganhos, enquanto Renault (91), Toro Rosso (83), Racing Point (67) e Alfa Romeo (57) seguem na luta por posições.

Confira a classificação oficial do GP do Brasil*: 

Foto: Reprodução
*Hamilton acabou punido com acréscimo de 5 segundos, sendo relegado ao sétimo lugar
Por hoje é só pessoal! Retornamos daqui a duas semanas com o Season Finale da temporada em Abu Dhabi, no circuito de Yas Marina. Abraços e até lá!